A despeito de polêmicas recentes em torno da construção (ou não) da famigerada Praça da Soberania, envio-lhes poema que escrevi em fins de 2007, ano do centenário do arquiteto Oscar Niemeyer. Como recifense, candanguíssimo, é uma forma de homenagear a todos os brasilienses que me acolheram. Homenagear o arquiteto, aqui, é uma grande metonímia dos verdadeiros homenageados. O poema fala, principalmente, de sonho: algo que me guia por estas veredas de cá. Sonho, por exemplo, que a Soberania seja como, sei lá, Machado de Assis... primeiro ele existiu, depois virou nome de praça. O poema segue abaixo.
Inté!
Marcos de Andrade Filho
Sonhos em Concreto
A Oscar Niemeyer
Teus sonhos,
como os de Deus,
nasceram curvilíneos
para erguerum novo universo
em concreto flutuante nuvem…
E eu precisava
apenasdizer-te isso,
sob este céu
que três mil seiscentas e cinqüenta vezes
viste alvorecer
e, eternamente, tentarás alcançar
como as mãos do sacerdote,
erguidas em oração
na tua catedral
para a passagem
dos homens-pontes
sob os arcos
de teus sonhos.
O teu presente, neste dia,
não é a concretização dos sonhos,
mas os sonhos em concreto,
porque tua vida
não é outra coisa
senão fazer sonhos
em concreto
e vivernão é outra coisa
a não ser
arquitetura.
Marcos de Andrade Filho
Brasília-DF, 2007/2008.
Vou resumir, que entendam os entendidos.
ResponderExcluir"Uau"
Cri Cri Cri Cri...
ResponderExcluirOOPSS
brincadeira
belo, belíssimo!!!
vlw